Nesta quarta, está sendo apresentada aos participantes a metodologia e nivelamento sobre o EPANB e o novo Marco Global da Biodiversidade - Foto: Divulgação/Naturatins
Participação do Tocantins oportuniza a discussão da atualização da EPANB e das políticas públicas para que sejam atingidas as metas nacionais estabelecidas pelo novo Marco Global Kunming-Montreal da Biodiversidade
Representantes de órgãos ambientais do País participam nesta quarta-feira, 22, no Centro de Convenções Israel Pinheiro, em Brasília (DF), do segundo dia da Oficina de Contribuições Estaduais para a Atualização da Estratégia e Planos de Ação Nacionais Para a Biodiversidade (EPANB). Nesta quarta, está sendo apresentada aos participantes a metodologia e nivelamento sobre o EPANB e o novo Marco Global da Biodiversidade.
Segundo a representante do Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins), Vanessa Braz Carneiro, que responde pela gerência de suporte ao desenvolvimento socioeconômico da Diretoria de Biodiversidade e Áreas Protegidas, a metodologia a ser apresentada é a continuação dos temas abordados na abertura do evento nesta terça-feira, 21, quando foram apresentados dois painéis.
O primeiro painel sobre a participação dos governos subnacionais e locais na implementação do novo Marco Global Kunming-Montreal a partir da perspectiva de instituições e redes que atuam em nível subnacional no País e em âmbito global; e o segundo sobre oportunidade de financiamento para a implementação das diversas estratégias e planos de ação para a biodiversidade. Ainda na programação da abertura ocorreu o lançamento da 2ª atualização do Mapa de Áreas Prioritárias para a Biodiversidade e do Manual de Apoio de Utilização das Áreas Prioritárias da Zona Costeira e Marinha e Mata Atlântica.
Vanessa Braz ressalta que a participação do Tocantins é de suma importância porque durante o evento as federações discutem a atualização da EPANB e as políticas públicas para que sejam atingidas as metas nacionais estabelecidas pelo novo Marco Global Kunming-Montreal da Biodiversidade, tendo como objetivo principal propor estratégias e planos de ação estaduais. Além de Vanessa, pelo Naturatins, o evento conta com a participação de Cláudio Carneiro, gerente de Biodiversidade e Áreas Protegidas da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh).
O evento termina nesta quinta-feira, 23, com a formação de grupos de trabalho e a consolidação de recomendações.
Sobre o Kunming-Montreal
O Marco Global da Diversidade Biológica de Kunming-Montreal foi aprovado em dezembro de 2022 durante a 15ª Conferência das Partes da Convenção sobre Biodiversidade das Nações Unidas (COP15), no Canadá. O acordo lista quatro objetivos e 23 metas de conservação, restauração e uso sustentável dos sistemas naturais até 2030.
Os quatro objetivos globais:
Ecossistemas e espécies: manter, aprimorar ou restaurar a integridade, a conectividade e a resiliência de todos os ecossistemas; interromper a extinção de espécies ameaçadas, reduzir a taxa de extinção e o risco de todas as espécies e aumentar a abundância de espécies selvagens nativas; e manter a diversidade genética dentro das populações de espécies selvagens e domesticadas.
Biodiversidade: utilizar e gerir de forma sustentável os recursos da biodiversidade e os serviços ambientais e restaurar os ecossistemas que estão em declínio.
Repartição de Benefícios: promover a repartição justa e equitativa dos benefícios resultantes da utilização de recursos genéticos da biodiversidade e conhecimentos tradicionais associados.
Meios de implementação: garantir recursos financeiros, capacitação, cooperação técnica e científica e acesso e transferência de tecnologia para implementar totalmente o Marco Global da Biodiversidade, especialmente aos países em desenvolvimento, fechando progressivamente a lacuna de US$ 700 bilhões por ano para financiamento da biodiversidade.
Os representantes do Tocantins na Oficina: à esquerda, Cláudio Carneiro da Semarh; e ao lado dele, Vanessa Braz do Naturatins - Divulgação/Naturatins
Evento termina nesta quinta-feira, 23, com a formação de grupos de trabalho para consolidação das recomendações - Divulgação/Naturatins