O estudo abrange as bacias do Rio Paranoá, Rio Descoberto no DF e o Ribeirão Rodeador
A Secretaria do Meio Ambiente do Distrito Federal (Sema/DF) lançou o Índice de Sustentabilidade das Bacias no 9º Fórum Mundial da Água, em Dakar, no Senegal, que teve como tema Segurança da Água para a Paz e o Desenvolvimento. O estudo encontra-se disponível para download aqui.
Elisa Meirelles e Homel Marques: Sema e CITInova no 9o Fórum Mundial da Água
O estudo abrange as bacias do Rio Paranoá (1.056 km2), Rio Descoberto no DF (801 km2) e o Ribeirão Rodeador (113 km2), que é uma sub-bacia do Descoberto, com o objetivo de fundamentar políticas públicas de segurança hídrica no DF, aumentando também a sustentabilidade no futuro. As três bacias apresentaram um nível médio de sustentabilidade, devido à baixa disponibilidade per capita de água e a limitada capacidade de resposta às ameaças presentes.
A assessora especial Elisa Meirelles e o especialista em políticas públicas de meio ambiente do Projeto CITinova pela Sema, Homel Marques, representaram a Secretaria no evento. Eles disponibilizaram o estudo “Sustentabilidade e Risco Hídrico de Bacias Estratégicas do Distrito Federal”, distribuído em formato digital aos participantes, durante o lançamento do livro “Água, Compartilhamento e Cultura de paz” do Senado Federal e Cirat, organizado por Sérgio Ribeiro e Vera Catalão. O lançamento ocorreu em evento do Governo do Senegal, com a organização do secretário executivo do Fórum, Abdoulaye Sene. Um capítulo do livro foi escrito pelo secretário do Meio Ambiente do DF, Sarney Filho.
Meirelles e Marques acompanharam as discussões do maior encontro do planeta sobre o tema e voltaram com a mensagem, direcionada à comunidade internacional ali presente, de garantia que o direito à água e ao saneamento se torne uma realidade para todos. “Realizamos muita sinergia de informações das ações da Sema e articulação institucional com representantes de países como Senegal, Portugal, Argentina, EUA/Usaid, entre outros”, relatou a assessora Elisa Meirelles.
Mesa de apresentação do livro Água, Compartilhamento e Cultura de Paz.
Segundo Homel Marques, a Sema está muito bem posicionada na gestão e governança. “Assistimos, escutamos e conhecemos o que há de mais moderno na governança da água. O caleidoscópio da agenda da água e resíduos avança”, disse ele. A dupla esteve presente nas apresentações da Sabesp, Adasa e Itaipu Binacional, parceiros na delegação brasileira.
A Declaração de Dakar, documento final do Fórum, pede a implementação do Direito Internacional Humanitário, que prevê a proteção dos sistemas de água e saneamento em tempos de conflito. A Declaração também pede a garantia da disponibilidade e resiliência da água, garantindo financiamento adequado, governança inclusiva e fortalecimento da cooperação. Acesse aqui o documento.
FÓRUM MUNDIAL DA ÁGUA
O 9º Fórum Mundial da Água é organizado a cada três anos, desde 1997 (Marrakesh) – 2000 (Dean Haag), 2003 (Kyoto), 2006 (Mexico City), 2009 (Istanbul), 2012 (Marseille), 2015 (Daegu-Gyeongbuk), 2018 (Brasília). Reúne governos, autoridades locais, organizações internacionais, ONGs, instituições financeiras, empresas, acadêmicos e grupos da sociedade civil. É uma plataforma única onde diferentes atores e principais tomadores de decisão podem colaborar e estabelecer planos de ação de longo prazo sobre os desafios da água em todo o mundo.
Livro e Índice de Sustentabilidade das Bacias do DF
Em 2018, a SEMA participou ativamente na organização do Fórum. Devido à pandemia, apenas em 2022 ocorreu esta edição em Dakar, Senegal. Todas as ações do 8° Fórum, realizado em Brasília, foram compiladas pela Adasa, em mais de 300 sessões, e lançados em Dakar, em três livros: Água e Meio Ambiente, Água e Desenvolvimento e Água e sociedade. O próximo será em 2024 em Jakarta, Indonésia.
CITinova – É um projeto multilateral executado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Os recursos são do Global Environment Facility (GEF), com implementação a cargo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma). A execução no DF se dá por meio da Sema, em parceria com o Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE).
Assessoria de Comunicação
Secretaria do Meio Ambiente