Divulgação Semad/Cenibra
IEF inaugura hoje novo módulo: a cmunicação de colheita
A partir desta segunda-feira (14/3), o Sistema MG Florestas, que realiza a gestão de florestas plantadas, passa a contar com um novo módulo voltado para pequenos produtores rurais e para a indústria de base florestal: a comunicação de colheita. A ferramenta, do Instituto Estadual de Florestas (IEF), passará a aceitar dados oriundos de colheita de florestas plantadas com espécies exóticas para uso in natura.
Antes, informações de plantio eram cadastradas por meio do Sistema Eletrônico de Informações (SEI). Agora, tudo será transferido de forma integral para o MG Florestas. Por lá, o usuário poderá acessar o sistema para comunicar a colheita da sua floresta. A ferramenta, neste caso, já identifica o plantio, emite os Documentos de Arrecadação Estaduais (DAEs) da Taxa Florestal, faz a identificação do pagamento, emite comprovante e atualiza o cadastro de plantio previamente cadastrado.
Para o diretor de Controle, Monitoramento e Geotecnologia do IEF, Flávio Aquino, o lançamento do módulo de Comunicação de Colheita é um avanço para a automação dos procedimentos da indústria de base florestal e para produtores rurais que desejam comercializar seu produto in natura. “Com este sistema, todo o fluxo ficará mais ágil, dispensando a entrega de documentos no IEF. Ganharemos internamente também, pois poderemos direcionar nossos esforços de trabalho para atividades que visem a conservação de nossos ativos ambientais”, frisou.
As florestas plantadas, sejam elas de espécies nativas do Brasil ou exóticas, são, em grande parte, voltadas para a indústria da madeira e seus derivados, como papel e celulose, ou para a produção de carvão. Entram na lista, por exemplo, plantações de eucalipto e pinus, para utilização como lenha, madeira para serraria ou celulose.
Ainda em 2022, deve ser lançado o módulo de Declaração de Colheita Florestal e Produção de Carvão (DCF). Quando todas as fases do Sistema MG Florestas estiverem ativas, espera-se que todo o carvão originado de florestas plantadas em território mineiro seja rastreável, o que vai aumentar os padrões de desenvolvimento sustentável praticados em Minas Gerais.
MG Florestas
O MG Florestas realiza a gestão de florestas plantadas, com controle da cadeia do carvão vegetal, ajudando na proteção da vegetação nativa. O projeto é dividido em três fases: origem, transporte e consumo do carvão.
Ele busca controlar 100% da cadeia do carvão, desde o plantio até o consumo industrial, com a tecnologia blockchain, capaz de encadear em um sistema de informação digital de todas as etapas de produção para que seja assegurada a rastreabilidade do produto, da origem até o consumo final. O primeiro módulo deste sistema é o Cadastro de Plantio, que está disponível desde o dia 10 de agosto de 2021.
A iniciativa, que conta com um financiamento de R$ 2,4 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES), é conjunta da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), do IEF, da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag-MG) e da Companhia de Tecnologia da Informação do Estado de Minas Gerais (Prodemge).
Para a especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental, Natália Caroline Marçal Ferraz, que atua na Diretoria Central de Governança de Tecnologia de Informação e Comunicação da Seplag-MG, ver o sistema tomar forma é extremamente gratificante para todos os envolvidos.
“Isso porque ele representa a materialização de uma realidade que irá transformar digitalmente a rotina de todos aqueles que trabalham com a atividade econômica tão relevante de Minas Gerais: a cadeia produtiva do carvão e a gestão de produtos e subprodutos florestais. Cabe ainda destacar que o Estado dá mais um passo na utilização do blockchain, uma nova tecnologia que vem sendo amplamente utilizada no mundo em função de seu potencial de melhorar a segurança e rastreabilidade das transações realizadas em qualquer sistema”, conclui.
Matheus Adler
Ascom/Sisema