Diminuição reflete as diferentes frentes de atuação para reduzir de forma sustentada o desmatamento no estado
Um levantamento divulgado nesta segunda-feira (14) pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), realizado com base nos dados do Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (DETER), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, apontou que o Pará alcançou redução de 12% na área recoberta por alertas de desmatamento, ao comparar o período de 1º de agosto de 2021 a 3 de março de 2022 com o mesmo período do ano Prodes 2021. O Prodes é um Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal.
Ainda de acordo com o relatório, entre os estados que compõem a Amazônia Legal, o Amapá e o Amazonas tiveram aumento dos alertas de desmatamento, com 35% e 14% de alertas a mais, respectivamente, também levando em consideração o ano Prodes.
Na comparação do ano de 2022 com o de 2021, ano Prodes, o Pará registrou reduções nos meses de agosto, setembro e dezembro. A diminuição reflete as diferentes frentes de atuação para reduzir de forma sustentada o desmatamento no Pará.
Plano Estadual Amazônia Agora
Entre as iniciativas realizadas pela Semas está o Plano Estadual Amazônia Agora (PEAA) que, por meio da Força Estadual de Combate ao Desmatamento, deflagra a operação “Amazônia Viva”. A operação reúne fiscais da Semas e integrantes da Polícia Civil, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e Polícia Científica do Pará.
“Os números de combate ao desmatamento são reflexo do compromisso assumido de proteção ambiental do Plano Estadual Amazônia Agora. Em 2021, durante a Conferência das Nações Unidas (ONU) sobre as Mudanças Climáticas (COP26), na cidade de Glasgow, o Pará expôs para o mundo a eficácia do Estado para coibir a exploração ilegal da floresta. O PEAA é amplo e um dos eixos é o comando e controle, e dentro deste eixo há as ações de monitoramento da cobertura florestal do estado do Pará, como também de fiscalização”, ressaltou o secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará, Mauro O’de Almeida.
Para subsidiar as equipes in loco, os alertas de desmatamento são avaliados pelo Centro Integrado de Monitoramento Ambiental (Cimam) e utilizados no planejamento das operações. A assessora da Semas que gerencia o monitoramento dos dados, Andrea Coelho, explicou como as ações do Centro contribuem para manter a floresta em pé, seja de forma virtual ou em campo.
“No que diz respeito a esse monitoramento, nós temos o Cimam onde há a Agenda Verde, em que a gente busca fazer o monitoramento das principais atividades que têm impacto sob a floresta, seja a exploração da maneira, que diz respeito aos nossos planos de manejo sustentável, seja através do monitoramento dos dados oficiais que são disponibilizados pelo Instituto Nacional de Pesquisa Espaciais (INPE). Esses alertas de desmatamento subsidiam as nossas ações de fiscalização remota, quando a gente procede com o embargo remoto da área, como também subsidiam o planejamento de ação da fiscalização em campo”, explicou.
Amazônia Viva
Na 20ª edição da operação “Amazônia Viva”, a primeira deste ano, realizada no mês de fevereiro, houve a detecção de 4.043,246 hectares de áreas validadas para embargo, consequentemente, embargados; apreensões de seis tratores (cinco destruídos), dois caminhões, três armas de fogo, duas motosserras, uma placa solar e 750 quilos de carvão vegetal. Também foram apreendidos 337,3m³ de madeira em tora, 149,9m³ de serrada, 6,7m³ de estacas e destruídos um motor diesel e três fornos.