Foto: Divulgação/IMA
As palestras foram ministradas por especialistas em biologia, engenharia de pesca e veterinária
Com o objetivo de aprimorar os estudos e análises das águas que banham Alagoas, o Instituto do Meio Ambiente do Estado de Alagoas (IMA-AL), em parceria com a Universidade Federal de Alagoas (Ufal), realizou um evento de capacitação para técnicos e especialistas da área, nesta quinta-feira (9), no auditório do órgão. Durante as palestras, temas como a qualidade da água e a preservação de amostras de peixes foram discutidos.
A oficina está dividida em duas partes: a primeira, conceitual, traz palestras focadas nas formas de coleta de amostras de peixes, além de fitoplâncton e cianobactérias. A segunda parte do evento, prática, ocorrerá nesta sexta-feira (10), no Laboratório do Centro de Ciências Agrárias (Ceca) da Ufal, onde serão discutidas as funções e os equipamentos que o laboratório possui.
Ana Karine Pimentel, gerente do Laboratório do Instituto, destaca a importância de ter uma maior quantidade de técnicos capacitados para preservar os materiais de análises. “É o primeiro passo em um processo de uniformização do conhecimento técnico, para que tenhamos mais olhares, mais oportunidades de chegar às causas que podem provocar a mortandade dos peixes, e conseguir, de uma maneira mais eficaz, dar respostas para a sociedade nesse sentido”, explica a gerente.
Foto: Divulgação/IMA
As palestras foram ministradas por especialistas em biologia, engenharia de pesca e veterinária. Entre eles, o professor da Ufal Emerson Soares, que falou sobre a qualidade da água e análise da ictiofauna, conjunto de peixes em uma determinada região. De acordo com ele, esse trabalho é uma oportunidade de aproximar ainda mais a academia e o IMA, para que haja um aprimoramento em laudos, monitoramento e fiscalização.
“Este é um compromisso assumido de parceria e cooperação para que possamos trabalhar em conjunto e emitir laudos mais robustos, mais efetivos, baseados em conhecimento tanto biológico como também dos fatores abióticos. Geralmente, as contaminações nos sistemas aquáticos alagoanos são decorrentes de poluentes como agroquímicos, esgotos domésticos, poluentes difusos, além de assoreamento e problemas nos ecossistemas devido ao acúmulo de material”.
Foto: Divulgação/IMA
Também palestraram a professora Virgínia Fonseca Soares, com o tema “Preservação de peixes para análise histológica”; a professora Themis Silva, abordando “Preservação de peixes para análise genética e genotoxicidade”; a Dra. Maraisa Feitosa, discutindo “Coleta e preservação de peixes para análises enzimáticas”; e o professor Manoel Messias, que falou sobre “Coleta e preservação de amostras para Análise fitoplanctônica”.
Além do IMA e Ufal, participaram do evento as secretarias de Meio Ambiente dos municípios de Coqueiro Seco e Santa Luzia do Norte, que apresentam alguns dos maiores níveis de mortandade de peixes do estado. Também participaram o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio) e Secretaria do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh).