COP 28: Governo da Bahia lança Fundo Caatinga na COP 28 para combater desertificação e promover desenvolvimento sustentável no Nordeste

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Foto: Sema/Divulgação

No estande da Confederação Nacional da Indústria (CNI), na Conferência das Partes na Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP28), em Dubai, ocorreu neste sábado (02) o lançamento do Fundo Caatinga pelo Governo da Bahia. O objetivo deste fundo é captar recursos para combater a desertificação, mitigar os efeitos da seca e ampliar a oferta de água potável, bem como despoluir os recursos hídricos por meio da recuperação e revitalização de áreas degradadas.

Essa iniciativa é resultado de uma parceria entre a Secretaria do Meio Ambiente (Sema) e o Governo do Estado da Bahia. O Fundo Caatinga terá um papel crucial ao financiar projetos de preservação ambiental, oferecer suporte às comunidades locais e ONGs atuantes na região, bem como fornecer recursos para estados e municípios realizarem ações essenciais de combate ao desmatamento, incêndios e gestão de áreas especialmente protegidas. Além disso, o fundo abrangerá outras áreas fundamentais, incluindo controle, monitoramento e fiscalização ambiental, promoção de atividades econômicas sustentáveis, zoneamento ecológico e econômico, ordenamento territorial, regularização fundiária, conservação da biodiversidade e recuperação de áreas desmatadas.

A Caatinga, único bioma exclusivamente presente no território brasileiro, abrange cerca de 10% do território nacional, englobando todos os estados do Nordeste e parte norte de Minas Gerais. Caracterizado pelo clima semiárido, com precipitação em torno de 800 mm anuais, a região é habitada por uma diversidade de povos e comunidades tradicionais que dependem de seus recursos (como territórios indígenas, quilombolas e fundos de pasto).

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Foto: Sema/Divulgação

O secretário da Sema, Eduardo Mendonça Sodré Martins, ressaltou a importância do Fundo Caatinga durante sua presença na COP28. “A ideia do Fundo Caatinga é trazer um olhar especial para o Nordeste e reconhecer a importância dos biomas além da Amazônia. Como coordenador da Câmara Temática de Meio Ambiente do consórcio dos governadores, escolhemos o bioma da Caatinga, um bioma exclusivamente brasileiro, quase totalmente presente na região nordestina. A Caatinga é resiliente, importante e necessária para áreas semiáridas. Precisamos direcionar nossa atenção para esse bioma, pois a transição energética e a mineração afetam sua vegetação. Reconhecemos que a Caatinga é essencial como sumidouro de carbono e como uma floresta tropical seca que mantém a biodiversidade e os ecossistemas”, destaca o gestor.

O titular da pasta ambiental ressalta ainda que o lançamento visa atrair investimentos internacionais para promover um desenvolvimento econômico sustentável nessa região, abrangendo todos os estados do Nordeste. “Embora muitos acreditem que a Caatinga seja árida e sem vida, ela possui uma grande capacidade de absorção de carbono, demonstrando uma riqueza surpreendente”, afirmou o secretário do Meio Ambiente.

Com a maior área de Caatinga no país (35 milhões de hectares, o equivalente a aproximadamente 40,7% do bioma), o Governo da Bahia desempenha um papel fundamental na promoção de políticas públicas para valorização e proteção desse ecossistema. Isso inclui o fomento à bioeconomia e à agricultura familiar resiliente, com a aplicação de tecnologias sociais para armazenamento e gestão de água para produção, a criação de unidades de conservação, o estímulo ao uso sustentável dos recursos naturais e o recaatingamento para mitigar os efeitos das mudanças climáticas, além da manutenção dos serviços ecossistêmicos, como a regulação climática e o sequestro de carbono. O governo também busca incentivar a pesquisa científica e ações de educação ambiental para conscientizar a população sobre a importância da preservação da Caatinga.

Além do lançamento do Fundo Caatinga, destaca-se também a introdução do Atlas do H2V durante a COP28. O H2V desempenhará um papel significativo tanto nos mercados tradicionais, como fertilizantes, refino e outros usos industriais e hospitalares, quanto em novos segmentos, como transporte, geração elétrica, armazenamento de energia, processos industriais, transportes pesados, aviação, aquaviário, siderurgia, fertilizantes, entre outros. Essa iniciativa desempenha um papel crucial na estratégia de descarbonização das indústrias que ainda dependem de combustíveis fósseis, alinhando-se com a meta de neutralidade climática estabelecida pelo Acordo de Paris para 2050.

 

Fonte: http://www.meioambiente.ba.gov.br/2023/12/12776/Governo-da-Bahia-lanca-Fundo-Caatinga-na-COP28-para-combater-desertificacao-e-promover-desenvolvimento-sustentavel-no-Nordeste.html


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