Na região do Cantão, a fiscalização apreendeu redes, insumos de pesca e conseguiram salvar duas tartarugas que já estavam em sacos - Foto: Divulgação Naturatins
Ação foi desencadeada pela Gerência de Fiscalização do Naturatins entre os dias 1º e 8 de agosto em municípios das regiões do Cantão e Jalapão e em Filadélfia
Intensa ação da Operação Malha Fina do Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins), nesta primeira semana do mês de agosto, resultou na apreensão de 20 quilos de pescado, 2.700 metros de rede malhadeira; 30 boias e dois anzóis específicos para captura de tartaruga; duas armas de fogo (espingarda) sendo uma calibre 22 e uma bate bucha e fiscalização da colheita antecipada do capim-dourado.
As apreensões foram realizadas pela equipe da gerência de Fiscalização Naturatins, que lavrou um auto de infração no valor de R$ 2.500,00 pela prática de caça com arma de fogo, tendo sido abatidas aves da fauna silvestre (três juriti e um jacu), que foram inutilizadas em conformidade com a legislação ambiental vigente.
Com o objetivo de coibir a caça e pesca predatórias e o transporte irregular de pescado, além de outros crimes ambientais, a operação demandada pela Diretoria de Qualidade Ambiental do Naturatins começou no dia 1º de agosto e foi concluída nesta segunda-feira, 8, na área de abrangência do Parque Estadual do Cantão (PEC), tendo os fiscais percorridos os municípios de Caseara, Marianópolis, Araguacema e Pium. Uma outra equipe atuou no município de Filadélfia, na região Norte do estado.
Detalhamento das Operações
Durante o período em que estiveram no PEC, os fiscais monitoraram os bancos de areias, ilhas e Projetos de Assentamentos formados entre Caseara e Araguacema, locais onde ocorre a desova da Tartaruga da Amazônia. O gerente da Fiscalização, Cândido José dos Santos Neto, observa que, como o PEC possui limites com estados do Pará e Mato Grosso, é costume a prática da pesca de quelônios, sem a licença dos órgãos ambientais.
No Pará, a equipe de fiscalização encontrou duas Tartarugas da Amazônia vivas em um saco amarrado, que foram soltas. A equipe de fiscalização informa que no local não foram encontrados os infratores, que, certamente, evadiram-se do acampamento quando perceberam a aproximação da equipe de fiscalização.
Diligências
Com o apoio dos servidores do Parque Estadual do Cantão, a equipe da fiscalização realizou diligências terrestres e embarcadas, percorrendo os Rios do Côco e Rio Araguaia; os projetos de assentamentos Manchete, Ana Alice, Araguaia e Macaúba.
Pescado
Em Filadélfia, após participarem da implantação de um projeto de criação de peixes em tanques-rede no lago da Usina Hidrelétrica de Estreito (UHE Estreito), dentro do projeto “Na Trilha da Piscicultura” da Secretaria Estadual da Pesca e Aquicultura, a fiscalização do Naturatins executou a operação Malha Fina na região. Durante a ação, foram apreendidos 1.500 metros de redes malhadeiras diversas, duas tarrafas e aproximadamente 20 kg de pescados.
Capim-Dourado
Também nesta primeira semana de agosto, a equipe iniciou a fiscalização dos campos de capim-dourado localizados no Parque Estadual do Jalapão (PEJ) e na Área de Proteção Ambiental (APA) do Jalapão, bem como as visitas de orientação junto às comunidades Mumbuca, Boa Esperança, Carrapato e Rio Novo quanto à proibição da coleta antecipada da espécie. Nesta primeira semana, não foram encontradas irregularidades quanto ao manejo, coleta, transporte e comercialização do capim-dourado. Durante a ação, foi feita a suspensão à atitude tendente à pesca irregular na região e ainda atendida uma denúncia de queima irregular em uma propriedade.
Também na região do Jalapão, as comunidades foram orientadas quanto ao que a legislação prevê em relação ao capim-dourado - Divulgação Naturatins
Na região do Jalapão, a fiscalização percorreu os campos de capim-dourado para prevenir a colheita antecipada - Divulgação Naturatins
Em Filadélfia, a fiscalização recolheu redes, tarrafas e pescados - Divulgação Naturatins