Representantes da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema), acompanhados por lideranças de Ilha de Maré, representando Marisqueiras e Pescadores Quilombolas da região, realizaram uma visita técnica nas localidades de Aratu e Ilha de Maré, na Baía de Todos os Santos, nesta segunda-feira (27). A região é conhecida por abrigar comunidades tradicionais que mantêm uma relação harmônica com o meio ambiente e dependem dele para a subsistência de suas famílias com a pesca artesanal.
A visita foi uma oportunidade para os técnicos de meio ambiente da Sema conhecerem mais de perto o cotidiano dessas comunidades tradicionais, suas formas de subsistência e os desafios que enfrentam diante dos problemas ambientais. O reconhecimento dos direitos das comunidades foi reafirmado pela secretaria, que destacou a importância da relação entre elas e a natureza.
“O Governo do Estado tem um papel importante na gestão dos conflitos entre a iniciativa privada e os moradores das comunidades, tornando a visita ainda mais relevante. “É muito importante visitar essas comunidades tradicionais, pois elas têm um papel fundamental na preservação socioambiental local", ressaltou o chefe de gabinete da Sema, André Ferraro.
A iniciativa foi bem recebida pelas lideranças locais, que se mostraram otimistas com a presença da secretaria. “Estamos muito satisfeitos com essa visita, pois acreditamos que ela possa contribuir para a preservação do nosso meio ambiente e para a garantia dos nossos direitos”, afirmou Uine Lopes, um dos representantes da associação de pescadores Quilombolas.
“A visita técnica é mais um exemplo do compromisso da Sema com a preservação do meio ambiente e com o reconhecimento dos direitos das comunidades tradicionais. A secretaria seguirá dialogando para manter essas comunidades preservadas e seus territórios protegidos, garantindo assim a sustentabilidade ambiental da região”, finalizou o superintendente de Políticas e Planejamento Ambiental da Sema, Tiago Porto.
Os líderes comunitários levantaram preocupações em relação aos impactos ambientais negativos na Baía e esperam que as autoridades competentes, como a Secretaria do Meio Ambiente (Sema) e o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), acompanhem a situação de perto. A comunidade também enfatizou a importância de ter acesso a informações sobre as licenças concedidas para esses empreendimentos, bem como as condicionantes e os relatórios de emissões de poluentes.
Foto: SEMA/BA
Foto: SEMA/BA